Em debate presidido pelo senador Paulo Paim (PT/RS) nesta
terça-feira, 27, no Clube Caixerial de Alegrete, no Rio Grande do Sul,
populares, sindicalistas, líderes sociais e parlamentares condenaram as propostas
de reformas trabalhista e previdenciária do Governo Federal.
Paim lembrou que a população está cada vez mais preocupada
com os ataques aos seus direitos básicos.
— É só ver
a realidade, os dados e os números que nós estamos colocando. Vamos lembrar que
nós, no governo Lula e Dilma, geramos mais de 20 milhões de novos empregos. E
não foi mexendo em nenhum direito do trabalhador. Não é mexendo na CLT, mexendo
na Previdência e retirando direitos que vão gerar emprego — disse.
Segundo Paim, as propostas apresentadas pelo governo para
reformar o sistema de previdência social, aprofundar o processo de
terceirização no país, flexibilizar direitos trabalhistas e cortar recursos da
Justiça do Trabalho, conseguiram um feito inédito: unificar centrais sindicais
na luta contra essa agenda.
— Individualmente não vamos a
lugar nenhum, mas articulados em uma Frente Ampla em defesa da democracia,
podemos mudar o curso da história do país — argumenta
o senador gaúcho.
O senador ainda rechaçou a tese dos que afirmam que a
Previdência está falida e que é preciso retirar direitos dos trabalhadores para
recuperar a economia do país.
— Se cobrassem os que mais devem
à União, teríamos cerca de R$ 1,5 trilhão em recursos. Em 2014, a sonegação no
Brasil chegou a R$ 500 bilhões e, somente no primeiro semestre de 2015, atingiu
R$ 258 bilhões — assinalou.