O senador Paulo Paim (PT/RS)
apresentou, nesta segunda-feira, dez emendas à PEC 55/2016 (Teto dos Gastos
Públicos) com o objetivo de preservar os direitos sociais dos brasileiros, como
Seguridade Social, saúde, educação, entre outros.
As emendas excluem dos limites
dos gastos públicos os gastos com a Seguridade Social; mantêm aplicações
mínimas de 18% em educação e 15% na saúde; reservam 1,5% do PIB anual para
investimentos sociais e excluem a Previdência do limite dos gastos públicos. Elas
também estabelecem limite individual para despesas primárias e não primárias;
limitam a cinco pontos percentuais da receita corrente líquida da União a
despesas com pagamentos de juros e amortizações da dívida pública; vedam a
compensação de despesas do Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria
Pública pelo Poder Executivo; permitem alteração do Novo Regimento Fiscal a
qualquer tempo; vedam abertura de crédito suplementar que amplia o montante
total de despesas com serviço da dívida pública.
Também apresentou uma emenda substitutiva
global, mudando vários aspectos estruturais da PEC, tais como, a limitação dos
abusivos gastos financeiros com a dívida pública e a estabilização do
crescimento da despesa primária.
De acordo com Paulo Paim, se a
PEC for aprovada da forma como está, a Constituição Brasileira será arrasada e
destruirá conquistas sociais já alcançadas.
– A PEC da Morte estrangulará
o Brasil pela falta de investimentos públicos e haverá um desmonte em massa das
políticas públicas da assistência social, que protege os mais pobres. Temos que
combater esse atraso e uma das medidas será com as emendas que apresentei –
afirma Paim.
Amanhã, às 10h, a Comissão de
Constituição e Justiça do Senado, vai debater a PEC do Teto dos Gastos. Na
quarta-feira, o relatório do Senador Eunício de Oliveira será apreciado.