Todos os anos, o senador gaúcho Paulo Paim (PT) escreve um livro discutindo o cenário brasileiro. E, todo ano ele vai à Feira do Livro de Porto Alegre lançá-lo. "Eu tentava dar o autógrafo o mais rápido possível, preocupado com o sol rachante e aquelas filas enormes. Mas cada um que chegava em mim me abraçava, e eu dizia que o único preço do livro, que eu imprimo na minha cota, é me dar um abraço", disse o senador. Mas Paim não só abraça as pessoas.
O evento serve para ele como escala de desespero. "As pessoas diziam no meu ouvido - muitos em lágrimas, que fizeram com que eu também me emocionasse; quem estava lá viu - 'Paim, aonde vamos? Que situação é essa? Nunca vimos, nem no tempo da ditadura, algo semelhante ao que está sendo proposto agora'", relatou o parlamentar. De acordo com ele, era um misto de medo e indignação.
JORNAL do COMÉRCIO – Edgar Lisboa