Em tom emocionado, o vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), disse que Leonel Brizola, com sua morte no dia anterior àquele em que a Câmara poderia fixar um salário mínimo menor do que o aprovado no Senado, fez mais um protesto em defesa dos direitos dos trabalhadores.– É como se ele quisesse dizer mesmo morrendo: ‘Eu quero um salário melhor para o povo’ – acrescentou o senador, afirmando que o Brasil parou para homenagear um dos políticos mais ilustres do país.Paim relatou as influências que o líder gaúcho deixou em sua vida política, ressaltando que Getúlio Vargas, "o criador do salário mínimo", legou a Brizola a continuidade da sua obra. O senador afirmou que o ex-governador soube mobilizar as classes trabalhadoras "para o arrepio das elites", sabendo como ninguém interpretar as aspirações do trabalhador brasileiro.Em uma das visitas ao seu gabinete, Brizola teria dito: "Temos que conversar muito. Este país tem tudo para dar certo", relatou Paulo Paim.