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26.Março
Paim recebe proposta de reforma sindical

UNIDADE Documento entregue por representante do FST a Paim reúne sugestões dos sindicatos, que criticam o projeto do governoSenador manifesta apoio ao modelo apresentado pelo Fórum Sindical dos TrabalhadoresNo exercício da presidência do Senado, Paulo Paim (PT-RS) recebeu ontem representantes do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), que lhe entregaram documento defendendo modelo de aperfeiçoamento da organização sindical, capaz de democratizar a gestão e fortalecer as entidades de base, revigorando sua autonomia. Paim deu pleno apoio à proposta e disse que a idéia do governo nesse assunto só divide o movimento sindical.O documento foi lido pelo presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, João Domingos Gomes dos Santos, que criticou a proposta que o governo deverá encaminhar ao Congresso. Ele afirmou que a proposta do FST mantém a unicidade, o sistema confederativo, a estrutura vigente do custeio com a contribuição sindical, a garantia de exclusividade dos sindicatos na prerrogativa da negociação coletiva e a organização no local de trabalho.Na leitura do documento, João Domingos assinalou que o projeto em elaboração pelo governo contém ameaças contra os trabalhadores e os sindicatos, assim como "uma concepção divisionista e anárquica, destinada a pulverizar e aniquilar a maioria das entidades existentes, além de retroceder muitas décadas, ao engessar todos com um atrelamento jamais visto".Tendo realizado uma manifestação sindical com milhares de pessoas em frente ao Congresso Nacional, os representantes do FST anunciaram a Paulo Paim que se manterão firmes na luta contra o projeto do governo, "ampliando a denúncia do que se prenuncia e mobilizando cada um dos milhares de dirigentes para essa nova cruzada".Paim reconheceu que o documento reflete os esforços para criação de empregos, distribuição de renda e crescimento econômico. O senador disse que, nesse momento, não é discutindo reforma sindical ou reforma trabalhista que se vai viabilizar emprego e renda.– É preciso discutir, sim, redução de jornada, sem redução de salário, e dar incentivos fiscais para aquelas empresas que realmente adotarem a redução de jornada e empregarem novos trabalhadores – defendeu Paulo Paim.O senador afirmou também que "esse movimento não é contra ninguém, é a favor do governo e a favor do Brasil". Ele concluiu dizendo não acreditar que as reformas trabalhista ou sindical sejam votadas este ano.