O
senador Paulo Paim (PT/RS) apresentou cinco emendas à Medida Provisória
767/2017 do governo federal, que estabelece novas regras previdenciárias. Entre
as emendas do senador gaúcho está a que revoga totalmente a proposta.
—
Em 2016 os trabalhadores já foram atacados com esta mesma medida e que não
vingou. Agora, o governo faz nova tentativa. Não vamos aceitar novamente —
afirma.
A
convocação a qualquer momento do aposentado por invalidez ou beneficiário da
Previdência também está no texto da MP. Paim quer acabar com este critério, já
que a convocação preconizada pode causar graves danos aos segurados em
decorrência de convocações prematuras para verificação da constância da
invalidez, com deslocamentos desnecessários e custosos.
—
Isso é uma arbitrariedade, pois não leva em consideração as condições de saúde
do trabalhador afastado nem os gastos que ele pode ter com o deslocamento para
uma perícia agendada sem qualquer critério — critica.
Paim
também propõe a revogação do artigo que estipula um período de carência
integral, de 12 meses que os beneficiários deverão cumprir caso se desvincule
da Previdência Social e depois retorne.
O
senador ainda propõe que a MP não deve se aplicar aos portadores de Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida, conhecida popularmente como AIDS.
O
texto atual da medida provisória é, em sua maioria, idêntico à MP 739 editada
no ano passado, que não chegou a ser votada e perdeu a validade. Ao todo,
11.679 benefícios de auxílio-doença foram cortados ou suspensos enquanto a MP
estava em vigor.