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15.Maio
ULBRA CARAZINHO LANÇA O CANTANDO AS DIFERENÇAS

O programa Cantando as Diferenças foi lançado, nesta sexta-feira, na ULBRA Carazinho. O senador Paulo Paim, autor do projeto de lei 285/2006 e 286/2006 que cria o programa, participou do evento. O objetivo é possibilitar a inclusão do Estado e da sociedade para com as diferenças sociais, culturais e individuais. O encontro ocorreu no Salão de Atos da Universidade. O evento iniciou com o momento devocional dirigido pelo pastor Marcelo Muller, que falou sobre o modo de Cristo agir. Ele disse que “uma pessoa não muda o mundo, mas o mundo muda a partir das pessoas”. Em seguida foi exibido o vídeo institucional ULBRA Atuando na Comunidade, que aborda os 15 programas desenvolvidos pela extensão comunitária. O grupo de deficientes visuais realizou uma apresentação artística, tocando e cantando a música Querência Amada, do compositor Teixeirinha. Em seguida o diretor da ULBRA Carazinho, Remi João Rigo, saudou a mesa lembrando que a Universidade busca sempre a integração com as comunidades da Região. O Pró-reitor de Desenvolvimento Institucional e Comunitário, Jairo Jorge da Silva, afirmou que a ULBRA ampliará o vínculo com a sociedade, a relação com os formadores de opinião, as parcerias e articulações sociais, e apresentou o Selo ULBRA Comunidade. Ottmar Teske, representando os aliados e apoiadores do programa, falou sobre a inclusão social. O senador discursou sobre o projeto Cantando as Diferenças, afirmando o fato de que além de direitos iguais é necessário dar principalmente oportunidades iguais. Ele lembrou o papel das prefeituras no projeto e o investimento que deverá ser feito em escolas técnicas. Paulo Paim falou sobre Zumbi dos Palmares e as diferenças das raças, afirmando que, como ele, pode-se mudar o rumo da história. Ele finalizou dizendo que “eu não sou o dono do projeto, ele é nosso!”. O evento foi coordenado pelo diretor do Instituto de Pesquisa em Acessibilidade, Ottmar Teske; pela coordenadora de Extensão, Maria Elení Lopes; pela assessora de Pedagogia, Nelci Ehrhardt; e pela coordenadora de Pesquisa, Rosângela Werlang. Os parceiros que apóiam o programa Cantando as Diferenças são CIPP, SINTEC/RS, IPESA/ULBRA, Medex Medicamentos, Faders, COPELMI, Comissão dos Direitos Humanos da Assembléia Legislativa-RS e Revista Educando. No mesmo dia ocorreu o painel O papel do município nas questões ambientais, sob a coordenação dos professores Gilmar Mantovani Maroso e Domingos Rodrigues Benedetti. ULBRA/CANOAS - 10 ANOS DO CEAMA  NATUREZA É EXEMPLO DE INCLUSÃO DAS DIFERENÇAS Em sua palestra sobre Política de Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência, o sociólogo Humberto Lippo observou que o homem precisa aprender com a natureza, onde a vida harmônica reúne grandes diversidades. "E nós, humanos, achamos linda a natureza, admiramos essa diversidade. No entanto, quando essa diversidade acontece entre a nossa espécie, reagimos diferente e estabelecemos preconceitos que afastam as pessoas com deficiência do nosso convívio. Organizamos o mundo num padrão de aceitação e quem não está neste padrão, está fora de nossa aceitação", disse. Ele foi um dos palestrantes da última noite da Semana do CEAMA, que comemorou os 10 anos do Centro de Estudos da Atividade Motora Adaptada.Lippo considerou também que a insistência de algumas organizações para diminuir essa discriminação tem apresentado alguns resultados, mas que ainda é preciso lutar muito. "Nosso movimento ainda não tem força política para fazer cumprir a legislação brasileira, que é uma das melhores do mundo na proteção dos direitos das pessoas com deficiência. O desrespeito a essa legislação, no entanto, prevalece. Por isso, a nossa única saída contra o preconceito social é continuar lutando", afirmou o sociólogo. A professora de Educação Física, Cristina Colares Pereira, outra palestrante, falou sobre a sua experiência no uso da dança como ferramenta de inclusão das pessoas com deficiências na normalidade da vida social. "Só quem trabalha com a dança é capaz de medir o efeito dessa atividade na personalidade das pessoas com deficiência. Elas passam a acreditar mais em si, a acreditar que são capazes de viver socialmente" declarou. A discussão teve ainda a participação da professora Paula Streb Nogueira, que lembrou que a escola não pode servir somente de recreação para as pessoas com deficiência: "escola é lugar de aprender e aluno é aluno, em qualquer circunstância didática, sem nenhum ranço por parte dos professores o que, muitas vezes, evidencia o medo. E, muitas vezes, esse ranço se estabelece pela falta de informação dos professores, que não sabem como agir. Quem trabalha com pessoas com deficiência tem que saber o que fazer, em todas as circunstâncias".  Rodrigues Benedetti.