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08.Julho
Por um Brasil sem discriminações e preconceitos - ULBRA

IPESA é um dos idealizadores da campanha. “Vou levar esse momento pelo resto de minha vida: o alvorecer de uma nova consciência; uma nova estrela a ser seguida que se acende no céu”. As palavras do músico Dante Ramon Ledesma ecoaram pelo plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Canoas na noite desta terça-feira (15/07), refletindo o sentimento de todos que ali estavam para prestigiar o lançamento da Campanha Nacional Preconceito, Discriminação Zero - O alvorecer de uma nova consciência em Canoas, idealizada pelo senador gaúcho Paulo Paim e que conta com o apoio do Instituto de Pesquisa em Acessibilidade da ULBRA (IPESA/FULBRA). A sessão solene para o lançamento da campanha - que contou com a presença de representantes de diversas matrizes religiosas, entidades e também da OAB/RS -, foi proposta pelo vereador Nelsinho Metalúrgico (PT) e prontamente aceita pelos demais representantes do povo canoense. “O preconceito, seja ele qual for, depõe contra a humanidade. São pessoas que não entendem que essas diferenças é que fazem a beleza do ser humano e da humanidade”, destacou Nelsinho, saudando a relevância da iniciativa e a atualidade do tema proposto. Idealizador da iniciativa, o senador Paulo Paim revelou estar sentindo-se muito feliz, “com a alma bailando por dentro”, por poder estimular a construção de um mundo de paz, igualdade e justiça para todos. “Nossa campanha visa simplesmente isso: combater todo o tipo de discriminação seja ela de credo, cor, gênero, raça. Para que as pessoas se conscientizem que podemos caminhar de forma diferente para a construção de uma pátria em que todos tenham direitos iguais”, saudou. Paim ressaltou que essa não será uma luta fácil e, lembrando personagens históricos como Zumbi, Sepé Tiaraju, Nelson Mandela e Martin Luther King, convocou os presentes a juntarem-se nessa luta. “Existem coisas de que não abro mão, que são princípios. E são esses princípios que movem a gente. Acredito que todos têm o direito de viver e envelhecer com dignidade. É isso que queremos e buscamos. Onde tiver injustiça, nós temos que estar lá”, destacou. Segundo o diretor executivo do IPESA/FULBRA, Ottmar Teske, "desde a Declaração dos Direitos Humanos se percebe que vários países ainda privam os cidadãos de direitos elementares. Muitas vezes o preconceito e a discriminação não são manifestados de maneira agressiva e sim de forma sutil. Na maioria das vezes, o discurso e a intenção são pretensamente e politicamente corretos, entretanto eivados de preconceito e discriminação", explica. Para Teske, "a mudança de atitudes é necessária, mas somente será possível através da promoção de processos educativos e culturais orientados à formação de agentes sociais multiplicadores com a participação ativa dos segmentos populares historicamente excluídos. O valor dos direitos humanos independe de lei - são cobrados universalmente, mesmo que o Estado não os reconheça", destaca.