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22.Junho
Governo retalia após derrota no Senado

"Querem vender os nossos interesses, querem privatizar a Previdência em uma aliança clara com os bancos para prejudicar os trabalhadores", acrescentou Hélio José, relator da CPI da Previdência, em funcionamento no Senado desde 26 de abril.

Voto de base contra a reforma trabalhista, o senador Hélio José (PMDB-DF) foi imediatamente retaliado pelo governo Michel Temer com a demissão de dois de seus apadrinhados na administração pública federal. Um texto alternativo, contra a reforma, foi aprovado por 10 votos a 9.

Em nota, o senador afirma que foi "surpreendido" pela decisão do governo Temer e critica a reforma trabalhista: "Não será (sic) essas represálias contraditórias que fará (sic) eu mudar de ideia". O senador do DF foi flagrado em gravações divulgadas na internet dizendo que consegue nomear "a melancia que quiser" no governo federal e que quem "não estiver com ele" pode "cair fora". Só vem a precarizar mais ainda a forma como se dá as atuais relações de trabalho.

"É inadmissível que um governo mergulhado neste emaranhado de corrupção tome este tipo de atitude, de retaliação a quem quer fazer as coisas de forma correta", disse o pemedebista.

Foram publicadas a exoneração de Francisco Nilo Gonçalves Júnior, que era superintendente da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) no Distrito Federal, e Vicente Ferreira do cargo, que ocupava a diretoria de planejamento e avaliação da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste). O lado dele é o senador Hélio José, que é o responsável pela SPU a partir de hoje.

"Eu estou vendo que esse governo está pelo que der e vier". Pegar um senador da República e retaliar duas indicaçõezinhas de governo por causa de uma votação porque votou com sua consciência. "Não é um governo correto para um país do tamanho do nosso", afirmou, mesmo relutando em se dizer oposição oficial a Michel Temer. "Isso é justo? Não é justo", afirmou o parlamentar, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

Em reserva, correligionários de Michel Temer no Senado fizeram coro ao presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e culparam o próprio governo pela derrota de ontem.

Questionado se houve alguma ameaça de que poderia perder cargos antes da votação na CAS, o senador afirmou que o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), o havia alertado para não votar contra a proposta.

Na terça-feira, ministros de Temer atribuíram o revés ao PSDB.

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