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26.Junho
Dados apresentados pelo Governo são novamente questionadas pela CPI da Previdência

Especialistas ouvidos na Comissão afirmam que o cenário criado pelo governo infla a previsão da despesa até 2060.

O Sindilegis tem participado de todas as reuniões da CPI que investiga a contabilidade da Previdência Social, no Senado Federal. Com base nos depoimentos das audiências, o Sindicato está cada vez mais convicto de que a reforma condena os brasileiros desnecessariamente.

Nesta segunda-feira (26), foi a vez de representantes do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Inpe) e da Universidade Federal do Pará (UFPa) contribuírem para a discussão do tema. Eles afirmaram que o cálculo feito pelo Governo é inflacionado.

Solon Venancio de Carvalho, do Inpe, fez uma análise de todas as projeções e demonstrou, em diversos momentos, incompatibilidade dos resultados apresentados tanto em relação aos cálculos quanto a estimativa populacional.

Após análise feita pelos professores da UFPa, concluiu-se que os documentos apresentados pelo Governo são completamente arbitrários. Para o professor Marcelino Silva, as previsões do Governo não são bem planejadas: os cálculos apresentam erros que os tornam indeterminados em longo prazo. “A medida é acelerar a economia e depois pensar no que precisa ser mudado”, disse.

Balanço do primeiro mês

O relator da CPI, Senador Hélio José (PMDB-DF), fez um balanço do primeiro mês das atividades da Comissão. Até agora, foram realizadas 18 reuniões, sendo 14 audiências, nas quais foram ouvidos representantes dos trabalhadores, sindicatos e centrais sindicais, grandes devedores como bancos e frigoríficos, além de procuradores da Fazenda, membros da Receita Federal, professores, estudiosos e magistrados.

Hélio José disse que seu relatório final vai propor o endurecimento da legislação de cobrança de dívidas previdenciárias: “Queremos apresentar uma sugestão de reforma da Previdência que venha a atender a todos e não prejudicar os trabalhadores, servidores públicos e aposentados. Precisamos mudar a legislação para garantir que os grandes devedores da Previdência não arrumem jeitinhos e tenham que pagar de forma ágil”.

Sindilegis