Em dois dias, senador visitou seis cidades do interior do Rio Grande do Sul. Entre as atividades estavam plenárias regionais, encontro com grupos de idosos e visita a assentamento agrário.
O presidente da CPI da Previdência, senador Paulo Paim (PT), cumpriu intensa agenda na sexta-feira (21) e no sábado (22). Os encontros tiveram como tema a conjuntura nacional e as reformas trabalhistas e da Previdência.
Os municípios visitados foram Faxinal do Soturno, Júlio de Castilhos, Cruz Alta, Constantina, Planalto e Ronda Alta. “Sempre que posso volto ao velho Rio Grande para encontrar as minhas origens, rever este povo maravilhoso, tomar um chimarrão e renovar as energias”, afirmou.
A caravana do senador Paim contou com a presença do deputado federal Dionilso Marcon, do presidente da Assembleia Legislativa do RS, deputado Edegar Pretto e do deputado estadual Altemir Torttelli, além de prefeitos, vereadores e lideranças sociais.
Faxinal do Soturno
A primeira parada, sexta-feira à tarde, foi em Faxinal do Soturno. A caravana foi recebida na Câmara de Vereadores por um grupo de cantores e gaiteiros que deram as boas-vindas. O grupo de “estradeiros” esteve presente em diversas atividades da caravana.
“Em um período de dois anos o país poderá ter cinco presidentes”, citando Dilma, Temer, Maia e outro escolhido pelo voto indireto e um eleito pelo voto popular nas eleições de 2018. “Isso não é normal”, afirmou Paim.
Júlio de Castilhos
Paim visitou o assentamento Ramada, localizado na Comunidade Invernadinha, onde residem mais de 100 famílias assentadas. Em um discurso emocionado, ele se ajoelhou e pediu desculpas aos trabalhadores pelos senadores que votaram a favor da reforma trabalhista e contra o povo brasileiro.
Cruz Alta
A pluralidade de entidades e movimentos sociais foi a marca da plenária regional realizada na Câmara de Vereadores, ainda na sexta. O evento foi organizado pela Frente Brasil Popular. Após conceder entrevista coletiva, o senador acompanhado do prefeito de Cruz Alta, Vilson Roberto Bastos dos Santos, falou para um plenário lotado de representantes de entidades sociais, estudantes, sindicalistas, movimento negro e LGBT.
Paim criticou os senadores que votaram contra os trabalhadores e a favor da reforma trabalhista. “Conversei com todos os senadores. Eles me respondiam que não conheciam a redação por inteiro e, mesmo assim iam votar com o governo”. Ainda, segundo Paim “é inacreditável o que está acontecendo no Brasil”, enfatizando que “ ou você serve ao deus mercado, ou ao povo brasileiro”.
Constantina
O plenário da Câmara de Vereadores ficou completamente lotado no sábado (22). “No Brasil, hoje temos um poder Executivo podre, um Congresso apodrecendo e um Judiciário que cheira mal”, afirmou. Para ele, o Brasil precisa de um novo projeto de nação: “Devemos nos unir em torno de causas e não de nomes”.
Paim conclamou a união dos movimentos sindical e social, partidos políticos, entidades da sociedade, empresários com responsabilidade social a fim de construir um verdadeiro projeto de nação, o que ele chama de Frente Ampla pelo Brasil. Em Constantina a caravana foi recepcionada pelo prefeito Jerri Savariz.
Planalto
Paim participou de encontro municipal da terceira idade. Ele foi recebido pelo prefeito Antonio Carlos Damin, pelo vice Gabriel Olkoski e pelo presidente da Câmara de Vereadores Alessandro Kunzler. Ao falar sobre o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003), de sua autoria, ele lembrou que o Estatuto beneficia mais de 40 milhões de brasileiros. “É uma das leis sociais mais importantes criadas nos últimos 50 anos”.
Ronda Alta
No berço do MST, o evento ocorreu no Ginásio Adão Pretto, deputado federal falecido em 2009 que foi colega de Paim na Câmara. Adão é pai de Edegar Pretto. O presidente da Assembleia lembrou que ainda jovem ligou para seu pai, e este disse estar na Câmara ao lado do então deputado Paulo Paim que fazia greve de fome por um salário mínimo de 100 dólares.
Sobre a votação da reforma da previdência que o governo Temer pretende retomar com força no Congresso Nacional na volta do recesso, Paim disse que “essa reforma não há de passar. Ela vai para a lata do lixo da história junto com aqueles que quiserem aprová-la”.
A plenária teve a participação de várias lideranças partidárias, entre elas, o prefeito Miguel Gasparetto (PT), o vice Odemar Raimundi (PSB), além dos presidentes do PT, PTB, PC do B e do Reitor da Cesurg, Rafael Rossetto.