O vice-presidente do Senado Federal, no exercício da presidência, Paulo Paim, será recebido hoje, no Palácio do Planalto, pelo presidente da República em exercício, José Alencar. Na pauta estarão o projeto do governo para a reforma da Previdência e a taxa de juros no País. O senador disse que tem um apreço muito especial por Alencar; inclusive sobre suas posições públicas. Amanhã, Paim que é, também, coordenador da Frente Parlamentar de Entidades Civis e Militares em Defesa da Previdência Social Pública, discute o tema com o ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini. O senador será recebido, às 11h, no ministério da Previdência, quando pretende expor proposta alternativa para as reformas.No caso da Previdência, Paim defende regra de transição para servidores que estão na ativa Para Paim, o Congresso Nacional tem o dever de discutir a reforma e aperfeiçoá-la. Entre as suas sugestões, Paim adiantou que defende a adoção de uma regra de transição para os servidores públicos que estão na ativa "por uma questão de justiça", esclareceu."O Parlamento pode construir uma proposta alternativa que represente a média de pensamento da sociedade. A proposta está no Congresso e temos a obrigação de discuti-la item por item. O papel do Parlamento não é apenas carimbar as propostas do Executivo, mas discutir, negociar e aperfeiçoar e até contribuir com o governo", declarou Paim, antecipando que o ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, irá recebê-lo para tomar conhecimento de suas propostas.Apesar de a reforma proposta pelo governo tratar especificamente da aposentadoria dos funcionários públicos, o senador disse que vai manifestar suas preocupações com relação aos trabalhadores do setor privado. A aposentadoria integral e a existência de "marajás aposentados" também serão abordados pelo senador, segundo anunciou.Paim também comemorou o anúncio do reajuste de 19,71% concedido aos benefícios da Previdência superiores a um salário mínimo feito pelo governo. Esse índice, disse o senador, vai ser aplicado a partir do dia 1º de julho sobre os benefícios de 12 milhões de aposentados e pensionistas. - Defendo que todos os benefícios da Previdência tenham o mesmo percentual de reajuste que o salário mínimo, que este ano, teve reajuste de 20%. O reajuste não foi exatamente o que eu queria, mas foi assegurado o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) integral dos últimos 12 meses - afirmou, anunciando que vai iniciar um movimento para que, a partir do ano que vem, o reajuste seja feito na mesma data da correção do salário mínimo, no dia 1º de maio.