● Raul Aragão, 23 anos, morreu na madrugada desse domingo (22) após ser atropelado por um carro na tarde de sábado (21), em frente à Secretaria de Educação, perto da 406/407 Norte, em Brasília (DF). Ele, que era estudante de sociologia na Universidade de Brasília (UnB).
Lutava por um país mais igualitário, democrático e com mais oportunidade para todos. Fez parte da equipe que atuava contra as reformas Trabalhista e Previdenciária impostas pelo governo ilegítimo dentro e fora do parlamento.
Participava da equipe responsável pelas páginas na internet da CPI da Previdência Social no Senado Federal e da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social.
Raul era uma pessoa atenciosa, educada, amada, sorridente, generosa e que sonhava por uma mudança na política do país. Ele também era responsável pela Coordenação de Contagens de Ciclistas da ONG Rodas da Paz.
Raul acreditava e lutava por uma mudança na mobilidade urbana, com mais espaço para as bicicletas circularem.
A mobilidade urbana defendida por Raul significa mobilidade social, diferente da prática individualista resultante do uso equivocado de automóveis, que, além de transportarem uma, no máximo duas pessoas, também contribuem para o isolamento e a falsa ideia de poder das pessoas que vestem essa armadura.
O uso da bicicleta defendido por Raul significava a interação, a aproximação e o melhor convívio entre as pessoas, usuários ou não da bike.
Raul defendia que as pessoas desvestissem as armaduras de metal e quatro rodas para poderem sentir não só o calor e o vento na pele, mas o calor humano de uma troca de experiências e sentimentos e de uma nova vivência e convivência.
Essa sociedade mais igualitária em todos os sentidos, inclusive o da mobilidade física e social, que Raul acreditava e defendia.