Depois de muita luta, que mobilizou associações de todas as carreiras públicas por quase dois anos, a votação da PEC 287/2016, que trata da Reforma da Previdência, foi adiada, sem prazo definido. Ciente de que não conseguiria alcançar o número de votos necessários na Câmara dos Deputados para aprovar a proposta, o governo aproveitou a oportunidade de promover uma intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro por conta do caos na segurança pública, e desistiu de levar a tentativa de reforma adiante, ao menos por ora, uma vez que não se pode promover mudanças na Constituição durante período em que vigorar qualquer forma de intervenção.
O texto estava com votação prevista para esta semana em Brasília, onde está o presidente da AMP/RS, Sérgio Harris. Nesta terça-feira, o dirigente participou de um encontro com o senador Paulo Paim (PT), transmitida ao vivo pelo Facebook do parlamentar. O petista, que agradeceu publicamente o apoio da AMP/RS e Conamp contra a PEC, foi um dos grandes articuladores contra a reforma e presidiu a CPI que tratou do tema no Senado Federal, através da qual ficou demonstrado que a previdência social no Brasil é superavitária, ao contrário do que diz a grande mídia.
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Para Sérgio Harris, "se efetivamente não ocorrer a votação da PEC da Previdência em 2018, estará caracterizada uma vitória expressiva, mas não definitiva, em uma luta que posso adjetivar contra tudo e contra todos. Afinal, além da propaganda cara do governo, lutamos contra a grande mídia e o capital, que, por trás da reforma, buscava vantagens econômicas com a PEC, em prejuízo ao serviço público e à sociedade".
Participaram do encontro, ainda, três membros da Associação Paulista do MP: o presidente da entidade, José Oswaldo Molineiro; o assessor da CONAMP para assuntos ligados à Previdência, Paulo Penteado; e o assessor da Associação Paulista para Assuntos Institucionais e Parlamentares, Marcelo Rovere.
Assessoria de Imprensa da AMPRS