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21.Maio
Facebook quer tornar imagens acessíveis a pessoas com deficiência em dois anos

O Facebook tem mostrado interesse há tempos em tornar a rede social mais acessível a pessoas com deficiência. Em 2016, a empresa disse que estava trabalhando em um formato da plataforma totalmente focado em texto para que pessoas com leitores de tela pudessem ter uma experiência completa.

A ferramenta chamada ATT (da sigla em inglês, automatic alt-text) usa tecnologia de reconhecimento para criar descrições automáticas de imagens na plataforma.

Atualmente, a ferramenta do ATT funciona de forma muito simplificada, indicando palavras-chaves que aparecem na imagem. Por exemplo, em uma foto de praia, em que há pessoas, a plataforma indica apenas: "esta imagem pode conter: areia, água, pessoas".

Assim, o Facebook está em uma batalha para conseguir melhorar a acessibilidade nas imagens da rede social. Em dezembro do ano passado, a plataforma passou a usar o reconhecimento facial em fotos para esta ferramenta, de forma que, mesmo que um amigo não estivesse tagueado na imagem, o leitor de tela poderia ter capacidade de informar que uma determinada pessoas da lista de amigos está naquela foto.

Entretanto, em entrevista para o TechCrunch, o especialista em acessibilidade do Facebook, Matt King, confessa que a tecnologia ainda está engatinhando. "Ainda tem um longo caminho a percorrer para o produto chegar a um nível adolescente, mas acho que isso vai acontecer nos próximos dois anos", disse King.

Para ele, uma plataforma mais madura precisa ser capaz de identificar com certa especificidade fotos que estão, por exemplo, em tela cheia ou mostrar de fato, não só pessoas, mais locais em que elas estão. Outro exemplo que ele dá é sobre a possibilidade de a descrição da imagem levar em consideração alguns pontos mais complexos, como indicar a cor do cabelo de uma pessoa, decorações que estão no fundo da imagem, e outros detalhes.

Além de leitura de tela, a proposta é deixar a plataforma mais facilmente navegável para pessoas com outras deficiências e até problemas cognitivos, como a dislexia, por exemplo.

Fonte: TechCrunch