“Eu estou travando esse combate em defesa dos trabalhadores. Se isso ‘pega’ aqui no Congresso, vai se espalhar para todo o Brasil. Estou na resistência para que isso não aconteça”, declarou o senador Paulo Paim (PT-RS), durante manifestação de mais de 600 terceirizados, nesta quinta-feira (14), no auditório Petrônio Portela, do Senado Federal. O senador Hélio José (PROS-DF) também esteve presente.
Os senadores ouviram os apelos contrários à redução do ticket alimentação, salários e vale transporte dos terceirizados do Congresso Nacional. A justificativa da Casa para a redução é a lei da reforma trabalhista.
Segundo representantes da categoria, as preocupações e reivindicações serão encaminhadas à diretora-geral do Senado, Ilana Trombka.
“Esperamos que o Senado cumpra o que está na Lei, atendendo a convenção coletiva, que propõe o valor do ticket alimentação em R$ 31,50, por dia. A proposta é reduzir para R$ 22,12/dia”, disse Waldemiro Livingston de Souza, mais conhecido como Peixe, da Associação dos Prestadores de Serviço do Senado Federal (APRESEFE).
Redução salarial
Recentemente, houve proposta da possibilidade de cortes na folha de pagamento dos terceirizados, alegando economia.
Na prática, a ideia visa equiparar a remuneração de pessoas contratadas por meio de empresas terceirizadas ao piso das categorias correspondentes. A mudança de salário passaria a valer quando uma nova companhia assumisse o contrato.
Os parlamentares foram contrários e o presidente do Senado, Eunicio Oliveira, aceitou a manifestação dos senadores em não reduzir os salários.