O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou ontem no Plenário que, apósenfrentar baixas taxas de crescimento econômico por anos seguidos, o RioGrande do Sul apresenta um novo dinamismo no seu desenvolvimento,impulsionado pelos “bons ventos” da economia nacional.– A atual retomada econômica do sul brasileiro não se deu por acaso. É preciso reconhecer a atuação do governo federal no processo de pavimentação dessa nova via de desenvolvimento – disse o senador.Baseado em estudo do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin,Paim avaliou os acertos da atual política macroeconômica, que manteve a combinação de metas inflacionárias, câmbio flutuante e equilíbrio fiscal adotada pelo governo anterior, angariando a confiança dos investidoresestrangeiros. Após um período inicial de ajuste fiscal, o governo pôdeincentivar o consumo no país, retirando cerca de 30 milhões de pessoas damiséria, que passaram a consumir, e aumentando a renda de quem vive desalários.O senador petista enalteceu a opção de usar o aumento de gastos do setor público para evitar que o Brasil mergulhasse na “profunda recessão”verificada nos países desenvolvidos. Para isso, foi fundamentala atuação dos bancos estatais na sustentação da oferta de crédito (o saldode operações cresceu 50% de setembro de 2008 a janeiro de 2010),enquanto os bancos privados encolhiam seus financiamentos (o saldono período aumentou só 12% nos nacionais e 4% nos estrangeiros).Paim garantiu ainda que, apesar desse aumento de gastos, o governo não avançou além de 2,1% do produto interno bruto (PIB),seguindo os índices recomendados “pela cartilha econômica maisprudente”. Ele citou dados do estudo de Augustin, por eemplo,a dívida pública interna líquida em relação ao PIB,que deve cair de 51,3% em 2002 para cerca de 37% neste ano, segundo projeção do Ministério daFazenda. Paim lembrou ainda os 50 anos da Igreja Memorial Batista de Brasília,comemorados no dia 22.