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17.Julho
Paim percorre municípios da Fronteira em debates sobre trabalho e previdência

Bagé foi incluída no roteiro de debates promovidos pelo senador Paulo Paim, do PT, para discutir o estatuto do trabalho, reforma da previdência e terceirização. A agenda do petista pela fronteira, acompanhada pelo deputado estadual Luiz Fernando Mainardi, inclui Dom Pedrito, Santana do Livramento, Quaraí, Uruguaiana, Itaqui, Rosário do Sul e São Gabriel. O cronograma encerra na sexta-feira, 20.

Em visita ao Jornal MINUANO, Paim destaca alternativas para a manutenção da previdência, observando que o principal problema do modelo brasileiro é a gestão. “É preciso cobrar dos grandes devedores e fortalecer os órgãos de fiscalização e controle. Combater fraude e a sonegação são fatores fundamentais, bem como a realização de auditoria pública”, elenca. 

Paim defende uma revisão na legislação, através de uma emenda que impeça o governo federal de retirar recursos da previdência e consolide a competência da Justiça do Trabalho para a cobrança das contribuições previdenciárias não recolhidas durante o vínculo empregatício. O petista debate, ainda, a recriação do Conselho Nacional de Seguridade Social.

“Através dos debates, provamos que não existe deficit. O foco, hoje, está apenas na contribuição de empregado e empregador. Por isso ela é deficitária. Fazendo o cálculo certo, percebemos que ela é superavitária”, reforça, ao destacar que a Constituição Federal de 1988 estabelece outras fontes de recurso.

Por meio das agendas, além de fazer uma espécie de prestação de contas e provocar discussões sobre o cenário político nacional após o impeachment de Dilma Rousseff, o senador, que é pré-candidato, também defende o que classifica como a retomada das entidades sindicais e demarca posição sobre carga tributária. A questão previdenciária, entretanto, é tratada como tema central.

“Queremos que o novo Congresso se debruce sobre a previdência, mas para discutir especificamente a gestão. Este novo Congresso precisa votar o estatuto do trabalho, mas discutindo algo equilibrado, que seja de interesse de empregado e ao empregador”, avalia. 

Paim garante que aproveita a aproximação com as bases para elencar prioridades. “Não faço ataque a pessoas. Defendo causas que me identificam, como saúde, previdência, trabalho e educação, por exemplo. Posso fazer críticas a emenda 95, que é uma causa errada, por que congela investimentos, mas não pessoalizo as questões”, garante. Mainardi destaca que a pauta do senador atende a uma das agendas estabelecidas pelo próprio PT. “Falamos da defesa intransigente dos trabalhadores, de uma identificação com a causa do trabalho, da aposentadoria e das pessoas com deficiência”, avalia.

Fonte: Jornal Minuano