A cena gravada nesta sexta-feira (20), no gabinete do senador Paulo Paim (PT-RS), em Brasília, contou com os atores Dira Paes, que interpreta a Pureza Lopes Loiola, maranhense que peregrinou pelo Pará em busca do filho aliciado para o trabalho escravo e Antônio Grassi, que faz o papel do senador Chico Campos, do estado do Pará.
No interior do Estado do Maranhão mora Pureza, uma trabalhadora incansável e fiel, que mantém a si e à sua família com a fabricação de tijolos de barro. Quando seu filho mais novo, Abel, aos 18 anos de idade, se despede de Dona Pureza para trabalhar, mal sabe ela que se passarão anos até que consiga reencontrá-lo.
Atrás de trabalho, Abel é capturado pelo sistema de escravidão por endividamento. Desesperada por notícias de Abel, Pureza inicia uma longa jornada em busca de seu filho e, munida de um gravadorzinho de áudio e de uma pequena câmera fotográfica, passa a recolher evidências de trabalho forçado e de atrocidades cometidas por fazendeiros no Norte do Brasil, durante a década de 90.
Chocada com o que encontrou na região Norte do país, denunciou essa prática a três presidentes da República e ganhou o prêmio “Anti-Escravidão 1997”, em Londres, uma medalha oferecida anualmente pela Anti-Slavery International, organização não-governamental do Reino Unido que faz campanha contra o trabalho escravo.
Dirigido por Renato Barbieri, produção cinematográfica de Marcus Ligocki, o elenco e a equipe do longa-metragem Pureza reúnem nomes experientes do cinema nacional e mundial.
O senador Paim é relator do PLS432/2013, sobre a expropriação das propriedades rurais e urbanas onde se localizem a exploração do trabalho escravo. Para Paim, “trabalho escravo não regulamenta, proíbe”. O projeto está aguardando inclusão na ordem do dia da sessão deliberativa.