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03.Agosto
Paim: desistência de Ana Amélia, fortalece campanha e dá fôlego a Beto

Candidato a reeleição pelo PT também estima que parte do eleitorado de Bolsonaro pode migrar para Alckmin

O senador gaúcho Paulo Paim (PT) considera, com base nas últimas pesquisas, que a candidatura dele à reeleição para o Senado ganha fôlego com a decisão de Ana Amélia Lemos (PP) de disputar, como vice, a presidência da República, junto do tucano Geraldo Alckmin (PSDB).

Em outubro, o eleitorado gaúcho elege dois senadores. No fim de junho, o Instituto Methodus indicou Ana Amélia com 35,7% das intenções de voto, seguida por Paim, com 32,2%, Germano Rigotto (MDB), com 22,5%, e Beto Albuquerque (PSB), com 20,1%. Dias depois, Rigotto retirou candidatura e hoje é cotado para ser vice de Henrique Meirelles (MDB) na disputa pelo Planalto. Com a desistência, o MDB indicou o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça como candidato a senador.

Dentro desse cenário, Paim reconhece que o nome dele sai fortalecido, assim como o do candidato socialista. “Eu diria que fortalece a nossa campanha, isto é fato e real (a saída de Ana Amélia). Todos os candidatos que estão disputando são muito respeitáveis e (entre) aqueles que estão nas pesquisas, até o momento, ponteando, eu diria que é inegável que o Beto é um deles”, pondera.

Dentro do PP, o nome de Luis Carlos Heinze também é dado como certo para disputar uma vaga de senador. O progressista deixou a candidatura ao governo estadual para entrar na vaga de Ana Amélia na disputa eleitoral.

Com convenção marcada para domingo, o PT, de Paim, ainda precisa completar a majoritária. Além do pré-candidato ao Piratini, Miguel Rossetto (PT), a legenda também deve bater martelo em torno do segundo nome para o Senado. Ligada à Fetraf-RS, Cleonice Back pode ficar com a vaga. O PT ainda espera, porém, apoio do PCdoB na corrida eleitoral.

Ana Amélia reverbera no Brasil e RS

Ainda na avaliação de Paim, a disputa eleitoral com Ana Amélia, no cenário nacional, vai retirar votos do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). “É inegável que havia um grande percentual que votava no Bolsonaro e na senadora, mas agora com Alckmin, ela deve levar muitos desses simpatizantes”, estima.

Já no Rio Grande do Sul, o senador petista entende que o apoio do PP ao candidato tucano Eduardo Leite (PSDB) não deva trazer reflexo substancial. Para Paim, o cenário gaúcho está “muito embolado” e há pelo menos quatro postulantes fortes ao cargo de governador: Miguel Rossetto (PT), José Ivo Sartori (MDB), Jairo Jorge (PDT) e Eduardo Leite (PSDB). “Acho que vai ser uma peleia, das mais duras, para saber quais deles irão para o segundo turno”, finaliza.

Rádio Guaíba