Em meio ao debate acalorado sobre os royalties do pré-sal, os projetos do marco regulatório ficaram praticamente apagados por algumas semanas. Isso não impediu que o senador Paulo Paim realizasse um grande debate sobre a questão do Fundo Social a ser criado para estender parte da riqueza originária do petróleo para os trabalhadores brasileiros. Na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, o relator da proposta recebeu sindicalistas, movimentos sociais e o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas. "Meu principal objetivo é debater e fazer com que os senadores compreendam que é importante que parte dos recursos do pré-sal sejam canalizados para a Previdência, como ocorreu em países como a própria Noruega", afirmou Paim.  O senador lembrou que, anteriormente, na época do início do processo de exploração petrolífera no país, uma parte dos resultados era repassada para a Previdência. "Com o tempo, o governo deixou de dar a sua parte, e agora podemos rever essa situação, inscrevendo dentro desse projeto do Fundo Social a criação de um fundo previdenciário permanente", argumentou. No encontro realizado na última semana, porém, o ministro Gabas defendeu a não vinculação de percentuais fixos da arrecadação desses recursos, seja para a Previdência Social, seja para outras áreas. "A emenda que veio da Câmara determinou que a Previdência receba 5% do fundo destinado à pobreza. Portanto, não são 5% de todo o Fundo (Social do Pré-Sal). Não sei se isso é pouco ou muito, mas me preocupa fixar esse percentual." Para Paim, os recursos do pré-sal são de todos os brasileiros, lembrando que os trabalhadores precisam ter garantias de que parte desse dinheiro seja usado para garantir o futuro de muitas gerações. Fonte: Correio do Povo