Reeleito com 3,9 milhões de votos, Paulo Paim (PT-RS) voltará ao Senado para o segundo mandato e disse que continuará a defender os direitos dos aposentados. Ele ressaltou que trabalhará pela aprovação do reajuste integral para todos os aposentados e pelo fim do fator previdenciário. Ambos constavam de projetos aprovados pelo Congresso Nacional, mas vetados pelo presidente da República. A aprovação do Estatuto da Pessoa com Deficiência também fará parte do trabalho de Paim, que é autor do projeto. Além disso, o senador deve insistir para que 5% dos recursos do Fundo Social sejam destinados à recomposição dos rendimentos de aposentados e pensionistas que recebem acima do salário mínimo, conforme emenda ao projeto que cria o fundo, com recursos provenientes da exploração do petróleo da camada pré-sal (PLC 7/10). Paim também quer ver aprovado seu projeto que cria o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional e Qualificação do Trabalhador (Fundep). A proposta (PLS 274/03) já foi aprovada pelas comissões de Educação, Cultura e Esporte (CE), de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Está em exame na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e ainda passará pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), na qual receberá decisão terminativaÉ aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis. . Transparência Paim quer, ainda, o fim do voto secreto no Senado e defende um "critério de transparência absoluta" a ser adotado em todos os órgãos públicos. O senador diz não concordar que apenas o Senado seja alvo de cobrança da sociedade quanto às ações de seus membros. Em sua avaliação, todos os órgãos do Executivo, Legislativo e Judiciário, nos municípios, nos estados e na União, devem trabalhar de forma transparente. - O Senado nunca esteve tão aberto à sociedade como neste ano. Melhorou muito. Quanto mais abrirmos a Casa de forma transparente para que a sociedade saiba o que acontece, melhor - avalia. Fonte: Agência Senado