SUL21Candidato mais votado ao Senado, no último dia 3 de outubro, o senador Paulo Paim (PT) definiu cinco projetos como prioridade dos seus próximos oito anos em Brasília. Ele quer, por exemplo, acabar com o voto secreto no Congresso. Também pensa em propor uma Comissão para investigar o trabalho dos institutos de pesquisa eleitoral, que, em determinado momento da campanha, previram a sua derrota. Bom de luta e de diálogo, espera obter grandes vitórias como as conquistadas na Câmara e no Senado. Para este domingo, 31, ele aposta na vitória da candidata petista à presidência da República. Diz que Dilma Rousseff fará um bom governo e saberá conviver com o PMDB e os demais partidos.Sul 21 No final da campanha, o senhor chegou a aparecer em terceiro lugar nas pesquisas e se mostrou assustado com a disputa acirrada para o Senado. Foi eleito em primeiro lugar. Um virada e tanto. O senhor realmente receou, em algum momento, não ser eleito?Paulo Paim Pelo que eu sentia na rua eu chegaria mesmo em primeiro. Mas eu achava que teria uns 100 mil votos no máximo. E foram 500 mil. Foi muito voto. Fui o mais votado. Me colocaram para terceiro lugar nas pesquisas. Fiquei brabo. Lembro que eu questionava nos comícios: Onde eu errei? Será que é porque eu defendo os deficientes, os idosos, os discriminados, o salário mínimo?. Não pode. As pessoas diziam não errou, não errou.Claro que as pesquisas me preocuparam. Porque tu estás sentindo uma coisa nas ruas e as pesquisas mostram outra. Não gosto de pesquisas e elas também não gostam de mim. Mas, confio nas urnas, e os votos gostam de mim.Sul 21 Como as pesquisas agem sobre o candidato? No seu caso, a pesquisa influenciou emocionalmente?PP Acho que pesquisa tem que ter limite para ser divulgada. Quem encomenda a pesquisa tem que ter responsabilidade. Os próprios partidos têm que se assumir. Encomendou pesquisa, assume que a pesquisa é do seu partido. Se houve tendência ou não para determinado candidato, os partidos têm que assumir esta responsabilidade. Hoje, a imagem que os institutos de pesquisa vendem é a de que não há tendência nenhuma. E há. Quem paga a pesquisa tem uma intenção. Eu me atrevo a dizer que teríamos de fazer até uma CPI das pesquisas, porque todo mundo fala que existe malandragem, mas ninguém toma providência. Quando falo em CPI e não estou partindo de uma acusação falo de uma comissão parlamentar que irá fazer um inquérito para ver se houve manipulação. Se for confirmado que houve manipulação, alguém terá que responder. Mas isso não significa que eu esteja condenando alguém. Mas, é incrível. No meu caso, tenho quatro mandatos federais e dois de senador e sempre estive fora da margem de favorito nas pesquisas. E não é só comigo. Isso não pode estar certo. Agora mesmo, na disputa presidencial do segundo turno, no começo, uma semana após o primeiro turno, a Dilma estava com uma diferença de apenas cinco pontos do adversário. Tem alguma coisa errada.Também acho que os dois votos não têm que existir. Vou apresentar uma proposta para não ter mais os dois votos. O cidadão vota uma vez e em quem ele quiser. O meu senador é o fulano e acabou. Por que que tem que votar duas vezes? Cria-se uma polêmica enorme, suprapartidária dentro do partido. Somos obrigados a fazer jogadas na verdade. Uns jogam da seguinte forma: vou manter só um nome, mas eu pego o tempo de dois na TV, como fizeram Germano Rigotto (PMDB) e Ana Amélia Lemos (PP). O outro pensa como eu: vou ir com mais alguém para pegar o meu segundo voto. O cidadão que votará em mim, votará no ciclano como segundo voto. Estas são duas posturas indevidas. O certo seria os partidos lançarem quantos candidatos quisessem, mas se elegeria apenas o mais votado, sem esta parafernália de dois candidatos.Sul21 O senhor concorreu contra um ex-governador e uma candidata midiática, a Ana Amélia Lemos, e ainda havia a questão do voto duplo. No final da disputa, o senhor chegou a dizer que se o PMDB tivesse colocado o Ibsen Pinheiro como segundo candidato na disputa, seria ainda mais difícil.PP - Sim. Se tivesse o Ibsen, ele não permitiria que os eleitores do PDT ficassem livres, como ficaram. Isso foi bom para mim. Acredito que 90% do PDT votou em mim no segundo voto. Como um setor do PMDB também votou. Se eles tivessem colocado os dois candidatos da coligação, seria muito mais difícil. Os dois partidos votariam nos dois candidatos. E, no caso da disputa como foi, a Ana Amélia tem mais 30 anos de rádio e televisão. Ela tinha a seu favor o fato de ser conhecida.Sul21 O senhor acredita que a Ana Amélia pode ser uma futura candidata ao governo do estado?PP Sinceramente, não. É a minha opinião mesmo. Ela disputou o Senado e terá oito anos de mandato. O Tarso será candidato à reeleição, provavelmente, pois tem um projeto para dois mandatos. Então, penso que, dificilmente, ela vai concorrer ao governo do estado. Embora muitos digam que é este o projeto né .Sul21 Quais os seus projetos para o próximo mandato no Senado?PP As minhas prioridades não vou apresentar agora, pois eu já estava no Senado. Então, eu tinha que apresentar propostas e apresentei. Inclusive, algumas dependem apenas de aprovação. São cinco prioridades:1 Fim do voto secreto nas votações no Congresso, para não permitir que o homem público se esconda atrás dele, não assumindo suas posições contra ou a favor do governo. A população, que confia num candidato, como confiou em mim, fazendo com que eu dobrasse a minha votação (creio que é a maior já ocorrida no RS), precisa saber da minha coerência com o projeto que apóio. Com o voto secreto, como saber? Não basta o discurso. Precisa saber de fato sobre o voto, pela transparência e combate a corrupção.2 Continuar combatendo o fator previdenciário, que para mim é uma questão de honra. O Congresso não aprovou ainda o meu projeto. O Senado aprovou, mas a Câmara Federal não. E eu, como parlamentar, sou congressista. Como senador, também, participo de reuniões no Congresso e vou ir para cima da Câmara, para buscar uma alternativa para o fator previdenciário.3 O Fundep, que é um fundo para o ensino técnico profissionalizante, que poderá gerar R$ 8 bi para formação da nossa juventude, necessitada de formação técnica. Se nós tivéssemos hoje, no Brasil, 500 mil novos técnicos, todos estariam empregados. Assim como se tivéssemos 50 mil engenheiros, eles também teriam lugar no mercado, porque é muito forte o crescimento da infraestrutura no país e exige uma qualificação. Então o Fundep cumpre um papel fundamental.4- PEC 24, que é a garantia de que os recursos da seguridade não sejam destinados para outros fins. No gasto geral, se tira R$ 54 bi da saúde, previdência e assistência.5 Garantia de que o aposentado tenha o aumento real da sua aposentadoria, com base no PIB.Esses cinco projetos são factíveis, possíveis de aprovar. São ações concretas como algumas que eu já aprovei no Senado ou na Câmara. E também não vou deixar de debater outros temas importantes, como as reformas política e tributária e o pacto federativo.Sul21 No dia 20 de outubro entrou em vigor o Estatuto da Igualdade Racial, de sua autoria. Passaram-se 10 anos entre a primeira versão do Estatuto e a sua aprovação. Por que, num país como o Brasil, de maioria negra, há tanta lentidão para votar leis como esta?PP - O Estatuto do Idoso levou 15 anos e, também, foi aprovado por Lula. O da Igualdade Racial levou quase o mesmo tempo. Quando se fala em igualdade, parece que há um tabu. As pessoas meio que olham como se fosse algo contramão. E pelo contrário, é algo do bem, porque é inadmissível que alguém seja discriminado pela cor de sua pele. E com condições iguais, cada um luta pelo seu espaço, no trabalho, no ensino, enfim. Essa conquista do Estatuto é dar voz para quem não tem voz.Sul21 Ainda sobre o Estatuto: ficaram de fora pontos importantes como a definição de cotas para negros em universidades (retirado na Câmara dos Deputados) e partidos políticos (retirado no Senado Federal), a garantia de terras aos remanescentes de quilombos (também retirado no Senado Federal) e o incentivo às empresas que contratassem 20% de trabalhadores negros (retirado no Senado Federal). Por quê?PP O que ficou de fora do estatuto foram as cotas, tanto para política e trabalho quanto para o ensino. Nós trabalhamos para conseguir o acordo sobre as cotas, para que elas entrassem num projeto específico.Sul21 Na sua avaliação, qual a contribuição efetiva que o presidente Lula poderá dar ao país, após concluir o seu mandato?PP Creio que ele será um homem do mundo. Até porque ele está bem no meio internacional, como mostram as revistas internacionais, frequentemente. Hoje, ele está para o mundo como Nelson Mandela e Gandhi estiveram, quer queiramos ou não. Então, ele deve viajar o mundo e dar a sua contribuição ao nosso governo. Contribuições no campo das ideias, sem interferência, apenas prestigiando a Dilma. E será um estadista. Mas, se tu me perguntar se ele volta depois de quatro anos, eu não saberei te dizer, porque ele pode voltar sim, ninguém segura ele.Sul21 O senhor falou nosso governo. O senhor está confiante na vitória de Dilma Rousseff?PP Acredito que ela ganha. Mas, claro que não tenho bola de cristal. Acredito no projeto. Então, estou confiante na vitória dela. Lógico que há possibilidade de que nos surpreendermos, como já aconteceu em eleições de outros países, como do Chile, onde a esquerda era favorita até o final da eleição e perdeu nas urnas. A zebra pode acontecer. Por isso que eu digo, se o Lula quiser voltar, ele voltará, independente do governo federal agora ser de direita ou de esquerda.Sul 21- O que está em jogo neste segundo turno?PP Acreditei sempre na vitória do Tarso. E na da Dilma também. Acabou que a Dilma não ganhou no primeiro turno, como acreditávamos. E agora, estão em jogo dois projetos muito distintos. Um que tem o olhar para o social e o outro que tem uma visão de fortalecer primeiro o capital. Nós pensamos exatamente ao contrário. Pensamos em fortalecer o capital investindo no social para todos avançarem. Temos um mercado consumidor de 190 milhões de brasileiros e aumentando o seu poder de compra viram consumidores em potencial e isso abastece toda a economia interna. Eles apostaram em exportações, nas privatizações, na taxa elevada de juros. O que sobrava é que iria para o social. O nosso projeto deu certo; os estudos comprovam: taxa de juro controlada, 30 milhões de pessoas fora da linha da miséria, Bolsa Família, Luz para Todos, PAC I, PAC II. Aposentado ganhou pela primeira vez reajuste, fizemos 18 universidades eles não fizeram nenhuma. Esta é a diferença.Sul21 O senhor, assim como os demais senadores eleitos, foram orientados pelo presidente Lula a se empenhar pela candidatura de Dilma. O senhor está conseguindo cumprir esta tarefa?PP Nós estamos nos empenhando. Tenho viajado muito. E o nosso sentimento, pelo que vemos na rua, e nas conversas internas, é de que vamos ganhar a eleição. O Lula está se empenhando como nunca. Assumiu os comícios, as carreatas, viajou o Brasil todo. E ele não está demais, ele está fazendo o que tem que ser feito. E a Dilma que representa este projeto tem mais é que caminhar com ele mesmo. Quem não quer ter um cabo eleitoral deste?Sul21 O senhor tem uma boa relação com os colegas de Senado? O senador Sérgio Zambiasi (PTB) abriu voto para o senhor e faz questão de participar da campanha de Dilma.PP Zambiasi é meu parceiro mesmo, de todas as horas. Foi meu parceiro no Congresso, sempre esteve ao nosso lado. Ele sempre foi fiel ao governo Lula, assim como eu, apesar de nós termos as nossas discordâncias com o presidente. O Zambiasi fez vigília comigo, sempre votou comigo nas questões emblemáticas de interesse dos trabalhadores. E não posso deixar de dizer, por uma questão de honestidade, que, mesmo com todas as divergências que nós tivemos, o (senador) Pedro Simon (PMDB) também esteve ao nosso lado. Ele também sempre votou comigo. O Simon inclusive declarou à imprensa uma vez que o Senado deveria jogar pétalas de rosas quando o Paim entrasse, porque ele trouxe a preocupação social para dentro do Senado. Acho que fiz uma relação boa com todos os senadores. Por que aprovei tantos projetos no Congresso? Porque converso com todos os partidos. Espero continuar o meu trabalho, olhando para todos.Sul21 Há muitas críticas na imprensa à postura de Lula nesta campanha.PP O que mais os setores conservadores gostariam é que o Lula não tivesse esta ligação direta com a população como ele tem. Ele tem, não adianta. A cada um bilhão de pessoas nasce uma com este carisma. E ele não irá abrir mão disso, porque a imprensa está criticando. Quanto mais a imprensa fala, mais ele sobe. Ele vem quebrando sucessivos recordes de popularidade e deve chegar aos 85%. Em relação ao Lula, desde os tempos mais complicados do Congresso, aprendi uma coisa: nada pega nele. Podem dizer o que quiserem dele. Ele vai lá e fala. As pessoas entendem a linguagem dele. Lula tem mais é que continuar o que está fazendo.Sul21 Com Dilma na presidência, o PT terá mais espaço no governo do que com Lula?PP Vai ser um governo muito semelhante ao do Lula, porque a Dilma é uma pessoa que sabe dialogar e, ao mesmo tempo, é firme. O Lula também é firme nas suas convicções, apesar do seu jeito solto e camarada. Ela vai trabalhar num governo de coalizão, olhando para todos os partidos e, também, com aqueles que quiserem compor. Ela vai dialogar com todos. Na semana em que Dilma veio para o comício em Caxias, combinei com ela que ela receberia as centrais sindicais, para discutir a reforma da previdência e ela se comprometeu. Dilma disse que vai trabalhar para atender as demandas dos aposentados, dialogando com as centrais.Sul21 Na coligação, o PMDB é forte. Como fica a participação do partido num possível governo de Dilma?PP O PMDB no governo da Dilma estará mais comprometido do que esteve no governo Lula. Antes, estava muito disperso, meio difuso em alguns ministérios. O pessoal não tem dado o valor devido por estar no governo federal. Agora, o PMDB terá um vice-presidente da República. Isso não é pouca coisa, não. É o ex-presidente da Câmara que estará na vice-presidência do país, isso é muito mais comprometimento. Então, acho que, assim, eles poderão contribuir muito mais com o projeto de governo do que contribuíram antes. Principalmente o PMDB aqui do Rio Grande do Sul, que tem diferenças históricas. A gente pode discordar, mas agora, com o PMDB no governo federal, estará maior o compromisso.Sul21 O senhor lamenta a atitude do seu ex-adversário Germano Rigotto (PMDB), que abriu o voto para o tucano José Serra?PP O Rigotto fez a sua escolha. Apesar de discordar, respeito a atitude dele. Eu não agiria assim. Se o meu partido tem um candidato a vice-presidente da República, é mais que natural seguir esta mesma orientação. Até porque nós falamos em fortalecer também os partidos, sem esquecer as pessoas, mas fortalecer os partidos. Temos que respeitar a decisão do partido em nível nacional. Mas eu volto a repetir: respeito a atitude que ele tomou, apesar de ser uma atitude que eu jamais tomaria.Sul21 Como o senhor avalia este momento da política brasileira, que aproxima partidos historicamente distantes ideologicamente?PP Cansei de dizer, desde quando presidi o Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas, que não interessava o partido, se com o tempo houvesse apoio ao meu projeto. Não penso que só quem presta é quem está no meu partido ou tem afinidades com aquilo que eu fiz. Quando alguém se acha dono da verdade, já não se tem a verdade. Termos que olhar o país como um todo. Sempre defendi isso. Não mudei. E que bom que nós estamos neste estágio hoje. Quando o Jairo Jorge (PT, prefeito de Canoas) começou a fazer isso (realacionar-se com outros partidos) em Canoas, disse a ele que ele estava certíssimo. Que bom que agora, em nível nacional, está sendo provado que esta prática de fazer política dá certo. Agora, há a iniciativa do Tarso para fazer isso e buscar a representatividade dos interesses de todos, efetivamente. Eu estou muito à vontade dentro desta visão.Sul21 O Congresso é importante para a governabilidade. Se Dilma for eleita, contará com a maioria e poderá administrar com mais tranquilidade do que Lula.PP Matematicamente, a Dilma terá. Digo assim, porque acredito que ela vai ganhar a maioria no Senado. O que o Lula não tinha. O Lula tinha maioria na Câmara, mas, não tinha no Senado. E o Senado é fundamental para governar, o Collor que o diga.. (risos)Sul 21- Na hora da divisão de cargos no governo federal quem pesa na balança? PT? PMDB com toda sua fome de cargos?PP Conheço a Dilma há mais de 30 anos e acredito que ela vai priorizar a competência técnica para a composição do governo. Priorizará a experiência administrativa e política. Ela tentará aproximar essas duas visões, que é o que a ajudará a fazer um bom governo.Sul21 Haverá muitas mudanças num possível governo Dilma?PP Não acredito em muitas mudanças de fundo na estrutura do governo Dilma. Agora, alguns ministros deverão mudar.Sul21 Quais? Pois, algumas conversas já aconteceram.PP Não posso dizer isso. Não gostaria de entrar nisso, e não já começo a rifar minha própria cabeça. Sei tem uns olhando para o ministério da Justiça, outros para o MDA.Sul21 Qual a sua expectativa sobre o futuro governo Tarso?PP Acho que o governo do Tarso será muito bom. Ele se preparou muito e há muito tempo para este momento. Ele está com uma visão estratégica muito boa; quer buscar todos os partidos. Ele tem uma visão de trabalho em rede, que promove a interação das secretarias, acabando com os feudos. Ele vai fortalecer o desenvolvimento do estado. Está com esta preocupação desde a campanha e fará isso gerando emprego e renda, de modo que todos ganhem. Seguindo minha forte convicção de que a Dilma ganha, ele terá possibilidades junto ao governo federal. Ele é muito respeitado lá em Brasília; foi ministro em diversas pastas. E tem as possibilidades internacionais. Por isso, acho que será um grande governo.Sul21 Quais as suas contribuições no programa de governo de Tarso Genro? O senhor indicou alguém?PP No momento da formação do governo, trabalhei com quadros da minha equipe no corte das diferenças, pensando políticas para aposentados, negros, índios e mulheres. Estas políticas não serão executadas por secretarias específicas, à exceção das mulheres que terá uma secretaria específica, então creio que perpassarão as áreas da Justiça, Direitos Humanos e Trabalho. Nome eu não sugeri nenhum, mas os quadros do meu gabinete estão à disposição. Até porque, não gosto desta história de indicar nomes. Tu lança nome na imprensa e queima o nome.