Esta semana a cúpula do Senado está iluminada na cor verde para lembrar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho, celebrado em 28 de abril. A iniciativa da campanha é do senador Paulo Paim.
A data foi escolhida em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, no ano de 1969. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde 2003, consagra a data à reflexão sobre a segurança e saúde do trabalhador. Desde maio de 2005, o dia 28 foi instituído no Brasil por meio da Lei 11.121/2005.
Segundo estimativas da OIT, ocorrem anualmente no mundo cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho, além de aproximadamente 160 milhões de casos de doenças ocupacionais. Essas ocorrências chegam a comprometer 4% do PIB mundial.
Cada acidente ou doença representa, em média, a perda de quatro dias de trabalho. Dos trabalhadores mortos, 22 mil são crianças, vítimas do trabalho infantil. Ainda segundo a OIT, todos os dias morrem, em média, cinco mil trabalhadores devido a acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho. No Brasil, mais de R$ 46 bilhões são gastos com assistência médica, benefícios por incapacidade temporária ou permanente, e pensões por morte de trabalhadores vítimas das más condições de trabalho.
Combate à violência contra a mulher
Já na noite da última segunda-feira (22) foi projetado no espelho d'água do Congresso Nacional o "Projeto Glória", uma plataforma artificial de combate à violência contra a mulher.
A projeção marcou o lançamento do projeto pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados e pela comissão externa que acompanha casos de violência doméstica. Idealizado pela professora da Universidade de Brasília Cristina Castro-Lucas, ela reuniu empresas das áreas social e de tecnologia para criar a robô Glória. Por meio de interfaces inteligentes e de autoaprendizagem, Glória entenderá os fatos abordados e identificará soluções para quebrar o ciclo de violência contra mulheres e meninas.
O intuito do projeto é alcançar mais de 20 milhões de pessoas, além de gerar relatórios com segmentação por faixa etária, local, dados socioeconômicos e padrão de ocorrências.