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12.Novembro
Racismo ainda preocupa

Inconformado com as diversas manifestações racistas contra os nordestinos no twitter, durante o período eleitoral, e com o material nazista apreendido no Rio Grande do Sul, o senador Paulo Paim (PT-RS) participa, nesta sexta-feira (12/11), de uma manifestação pública em Porto Alegre. "Precisamos reagir para combater o racismo e a intolerância no país. Não podemos nos calar", afirmou o senador. A manifestação é uma iniciativa da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.O repúdio a todas as formas de preconceito também será tema da manifestação no Senado Federal, semana que vem. No dia 19, véspera da data em que se comemora oDia na Consciência Negra no país, os senadores estarão no plenário num ato em prol do combate aos crimes de racismo e preconceito. O ato será também em apoio ao senador Paulo Paim, ameaçado por um grupo nazista do Rio Grande Sul.Vítima da intolerância e do preconceito racial, Paim emitiu uma nota , na semana passada, contra o grupo que o ameaça. "Se eles pensam que com este movimento vão calar a minha voz no Congresso Nacional, que sempre foi e será, em defesa dos discriminados, sejam eles negros, brancos, índios, mulheres, ciganos, evangélicos, católicos, de matriz africana, judeus, palestinos e daqueles que lutam pela livre orientação sexual, estão enganados", diz a nota.AlertaApesar da preocupação com as manifestações racistas dos últimos dias, o senador Paim não acredita num retrocesso nos valores da população brasileira. "A intolerância e o preconceito sempre existiram. O que sinto é que essas pessoas estão ficando mais ousadas. Portanto, o que temos de fazer é reagir com força a esse tipo de crime e não temê-los".Além do enfrentamento, para o senador, o combate ao preconceito no país passa também pela educação nas escolas, que devem trabalhar o tema desde o jardim de infância até a universidade. Outro instrumento nessa luta é o próprio Estatuto da Igualdade Racial, hoje transformado em lei, que ainda precisa fazer parte da vida das pessoas. "O Estatuto precisa estar no dia a dia da população, ser introjetado pelas pessoas para valer de fato", afirma Paim.Eunice Pinheiro - Assessoria de Imprensa Liderança do PT no Senado