A antropóloga Adriana Dias revelou preocupação com o acesso de mais de 100 mil internautas brasileiros a maioria,jovens a sites que veiculam material discriminatório contra negros, judeus, homossexuais, migrantes e uniões interraciais. Após fazer essa denúncia, ontem, na sessão especial do Senado pelo Dia Nacional da Consciência Negra, a pesquisadorapediu o apoio do Parlamento para criminalizar a divulgação desse tipo de mensagem pela internet. Em minha pesquisa de mestrado, que defendi em 2007, localizei 13 mil sites neonazistas em língua portuguesa, inglesa eespanhola. Hoje, infelizmente, dada a impunidade, eles alcançam a marca de 20 mil sites. São dezenas de comunidades emblogs e redes sociais e centenas de perfis no Twitter . Integrante da comunidade judaica, Adriana Dias afirmou ser possível encontrar, em sites brasileiros de teor neonazista livros infantis para colorir defendendo a versão da supremacia racial dos brancos. No ano em que são celebrados os cemanos da Revolta da Chibata, os 315 anos da morte de Zumbi dos Palmares e os 70 anos da abertura do campo de concentração de Auschwitz, a antropóloga reivindica a investigação e punição dos crimes por discriminação e É preciso coibir definitivamente toda e qualquer manifestação de racismo, de preconceito e de intolerância. O atual estado de ódio, de incompreensão, o gigante retorno do antissemitismo, do racismo, da homofobia, da intolerância com a pessoa com deficiência nos convencem da gravidade do momento presente, enquanto tomam o coração e a mente dos nossos jovens apelou.Fonte: Agência Senado