A pedido do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH), senador Paulo Paim (PT-RS), será realizada na próxima segunda-feira (09), às 9h, audiência pública para debater a violência e o cado de Paraisópolis (SP).
CASO PARAISÓPOLIS
O Ministério Público de São Paulo está investigando como homicídio as nove mortes ocorridas no domingo (1º) em um baile funk na favela de Paraisópolis, na zona sul da capital.
Os nove jovens, com idades entre 14 e 23 anos, teriam morrido pisoteados após uma intervenção da Polícia Militar no local. Segundo eles, a pessoa na garupa teria atirado contra os PMs e provocado pânico — o baile reunia cerca de 5.000 pessoas. Frequentadores, porém, negam os tiros e disseram que foram encurralados.
A polícia afirma que a tragédia ocorreu quando criminosos entraram com uma moto na aglomeração do baile e fizeram disparos contra os policiais. Isso teria provocado pânico no público, correria e empurra-empurra — e então as quedas e o pisoteamento.
Conforme relatos de mais de uma dezena de moradores, as mortes ocorreram após um mês em que policiais militares fizeram ameaças diárias aos habitantes da favela, por conta da morte do sargento da PM Ronald Ruas Silva, ocorrida em 1º de novembro de 2019.
Moradores de Paraisópolis, fizeram protesto na tarde de quarta-feira (4) para pedir justiça. Em reunião, Doria ouviu relatos de duas mães que perderam seus filhos e reiterou o compromisso de rigor e transparência em relação a investigação das mortes ocorridas na madrugada de domingo.
O grupo definiu que um novo encontro será realizado no Palácio dos Bandeirantes na segunda-feira (9), com a presença do governador e de familiares das nove vítimas.
A mãe de uma adolescente de 17 anos ferida disse que a ação policial foi uma emboscada. A PM diz que criminosos provocaram.
Foram convidados para o debate: Carlos Alberto Ricardo Junior, Coordenador Geral da Área de População em Situação de Risco do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos - MMFDH; Denys Resende, Pesquisador do Observatório Racial do Distrito Federal; Toni Reis, Diretor Presidente da Aliança Nacional LGBTI+; Derson Maia, Representante da Frente Favela; Representante do Ministério da Justiça; Representante da FENASPS; Representante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública; Representante da Ouvidoria Nacional dos Serviços Penitenciários; Representante da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e Representante da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis.
Esta Audiência Pública será realizada em caráter interativo, com a possibilidade de participação popular, por isso as pessoas que tenham interesse em participar com comentários ou perguntas, podem fazê-lo por meio do Portal e-Cidadania – link:
www.senado.leg.br/ecidadania, e do Alô Senado, através do número-
0800612211.