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30.Novembro
Paim aponta problemas que impediriam bom funcionamento do SUS

O senador Paulo Paim (PT-RS) apontou, em discurso nesta terça-feira (30), problemas que, em sua opinião, estariam impedindo bom funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Baseando-se em estudo da Consultoria Legislativa do Senado, Paim ressaltou, entre os fatores que têm impacto negativo no funcionamento do SUS a precariedade das condições sanitárias a que está submetida grande parte da população. De acordo com o senador, a falta de infra-estrutura de água e esgoto pode ser considerada a maior fonte de problemas de saúde no Brasil, levando à superlotação de hospitais.O baixo índice de instrução da população e mesmo questões como o aumento da violência e de acidentes de trânsito têm, disse o senador, forte impacto negativo sobre o SUS, afetando a população jovem e gerando sobrecarga no atendimento de emergência.Paim chamou a atenção para a necessidade de produção de estatísticas sobre a qualidade dos atendimentos prestados pelo SUS. Ele argumentou que dados sobre o atendimento possibilitarão a reorientação do sistema através de ações mais efetivas do setor público.Com relação ao financiamento da saúde no país, o senador considerou fundamental o aumento da participação do setor público dos atuais 42% do total para níveis acima de 70% como ocorrem em outros países.- A participação da União, fundamental para a sustentação do sistema, reduziu-se. Entre 2000 e 2007, por exemplo, investimentos estaduais cresceram 285% e os municipais, 249%, contra 117% da União, o que significou uma redução efetiva de 59,8% para 46,9% do total nacional de investimentos no setor - disse ele, defendendo a regulamentação da Emenda 29 Entenda o assunto que destina mais recursos para a saúde.Paim assinalou que a estratégia de migração para os planos de saúde, adotada por parte da população, não soluciona o problema para as classes menos favorecidas. Além disso, os que podem pagar enfrentam outros problemas com os prestadores privados de saúde, tais como a negativa de cobertura de determinadas doenças, o atendimento precário em clínicas conveniadas superlotadas, e o aumento desmedido de preços, especialmente para clientes de idade avançada.Da Redação / Agência Senado(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)