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01.Maio
Carazinho deve receber R$ 8,9 milhões de auxílio emergencial por conta do Coronavírus

O Senador Paulo Paim (PT) concedeu entrevista ao vivo à Rádio Diário AM 780 de Carazinho na manhã desta sexta-feira (1º) para esclarecer o andamento da discussão da Medida Provisória que destinará recursos a estados e municípios brasileiros por conta da crise econômica causada pela pandemia do Coronavírus (Covid-19). Depois de pouco mais de um mês da adoção de medidas preventivas e restritivas, a queda na arrecadação de impostos já é notória. Em recente entrevista à emissora, o secretário da Fazenda de Carazinho, Adroaldo De Carli, estimou que o município deverá perceber redução entre 30% e 40% na arrecadação mensal enquanto durar a crise.

De acordo com o político petista, o Brasil já é o segundo país no mundo a ter mais contaminação pelo vírus, com mais de 6 mil mortes e por isso o dinheiro deve chegar rapidamente ao seu destino. “A Câmara (dos Deputados) aprovou a proposta. Ela veio ao Senado e não houve acordo com o Executivo porque não podia ser aprovada da forma como estava. Então houve grande articulação e o presidente (do Senado) ficou de relator do substitutivo do que vem da Câmara. Em resumo, o Rio Grande do Sul vai ter R$ 1,6 bilhão. R$ 3 milhões de acordo com o tamanho da população, outros R$ 7 milhões de acordo com a taxa de incidência da Covid-19. Os estados terão R$ 25 bilhões distribuídos mediante uma série de variáveis”, informou.

Conforme Paim, Carazinho deverá ter direito a pouco mais de R$ 8,9 milhões. “Claro que sabemos que este debate ainda será aprofundado e existe um descontentamento dos senadores porque todos acham que é pouco, que este valor tem que aumentar”, mencionou, acrescentando que a destinação será em quatro parcelas e a expectativa é que o montante chegue ainda este mês aos estados e municípios.

Por conta destes valores que serão injetados na economia, pode ocorrer uma alta da inflação, na visão do parlamentar. “Porque este dinheiro deverá ser devolvido lá na frente. Quando a moeda voltar a circular e o Governo voltar a arrecadar através de tributos, vamos ajustando a economia. O Brasil não é o primeiro país que está fazendo isso. A maioria está fazendo. É um processo global porque o vírus está em todo o mundo”, explicou.

O pico vem pela frente

Na concepção de Paim, a economia deve começar a dar sinais de melhor a partir do ano quem. “Mas temos que ter cuidado porque aqui no Rio Grande do Sul, por exemplo, o pico da Covid-19 var ser agora, maio e junho, na entrada do inverno. Por isso temos que continuar tendo cuidados, usar máscaras, enfim. A previsão do congresso é retomar as atividades em junho ou julho. Não estou dizendo que não há setores fundamentais que tiveram de atuar, como os profissionais da saúde”, citou.

Estrutura da saúde

Reconhecendo que antes da pandemia a estrutura da saúde brasileira já era deficitária, agora a situação está mais grave. “Faltam respiradores, luvas, álcool gel, máscaras. Temos que nos preparar com hospitais de campanha, com testes, porque através deles se pode verificar quem precisa estar em isolamento. Por que é preciso que as pessoas fiquem em casa? Porque o vírus não pode pegar todo mundo ao mesmo tempo. A maioria vai pegar, mas é melhor que seja de forma espaçada para que os hospitais possam atender. O atendimento já era débil antes, imagina agora com todos estes casos”, declarou.


Fonte: Diário da Manhã