#PraTodosVerem
Luciano Ambrósio, lotado no gabinete do senador Paulo Paim (PT-RS), testa o novo aparelho disponibilizado pelo Senado para auxiliar os deficientes visuais (foto)
O Senado fechou uma parceria com a empresa Mais Autonomia para receber quatro dispositivos OrCam MyEye, que são óculos com sensores especiais acoplados, capazes de ler e fazer reconhecimento facial em tempo real, por meio de comandos tátil e de voz.
De acordo com Francis Botelho, do Núcleo de Coordenação de Ações Socioambientais (NCas), os aparelhos devem ajudar no processo de inclusão dos colaboradores com deficiência visual.
— As pessoas cegas ou com baixa visão podem acessar qualquer informação escrita, mesmo aquelas não disponíveis no computador. Além disso, essa tecnologia vai permitir que todo o acervo da Biblioteca do Senado se torne acessível, de forma instantânea, para esse público — afirma.
Segundo ela, dois óculos ficarão com a equipe do NCas, um deles será encaminhado ao Serviço de Impressão em Braille (Seib) e o outro será para uso sob demanda. Outros dois permanecerão na Biblioteca do Senado, para uso geral.
Tarde de conhecimento
A entrega e treinamento para uso dos óculos aconteceu no auditório Antônio Carlos Magalhães, no prédio do Interlegis, na tarde desta quarta-feira (16). Joana Souza, revisora de livros do Seib, foi uma das primeiras a experimentar a novidade.
— Acho que esse aparelho ajuda bastante. Se eu não tiver uma constituição em Braille, posso ler em tinta normal. Se eu não tiver um documento em áudio, posso ler a versão física. Além de outras funcionalidades, como ler receitas médicas. No nosso setor, poderemos nos antecipar aos transcritores para algumas etapas — elogia.
O coordenador de Marketing da Mais Autonomia, Cleiton de Sousa, também responsável pelo treinamento, diz que existe um período de adaptação, mas a tendência é que os colaboradores com deficiência visual evoluam em suas habilidades de trabalho e até interpessoais.
— O objetivo é trazer mais autonomia e recursos para eles trabalharem. Se um colaborador que utiliza o aparelho chega em uma sala com cinco outras pessoas cujos nomes já estão gravados, será possível identificar quem está no ambiente, por exemplo. Se por acaso chega um desconhecido, o sensor aponta que chegou uma outra pessoa. Isso ajuda a ter maior controle do ambiente — exemplifica.
Fonte: Senado Federal