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23.Fevereiro
Paim sinaliza apoio a mínimo de R$ 545 após reunião com Dilma - Uol

FLÁVIA FOREQUEGABRIELA GUERREIRODE BRASÍLIA O Palácio do Planalto atendeu nesta quarta-feira (23) reivindicações do senador Paulo Paim (PT-RS) para que o petista vote a favor do salário mínimo de R$ 545 no Senado. Apesar de ainda manter o seu voto sob sigilo, Paim afirmou ter recebido o apoio da presidente Dilma Rousseff para discutir bandeiras tradicionalmente defendidas por ele --colocadas como condicionantes para a definição do seu voto a favor dos R$ 545. Em reunião no Planalto esta manhã, que também contou com o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), Dilma prometeu abrir a discussão sobre o fator previdenciário e uma política de reajuste para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo. O encontro não estava previsto na agenda da presidente. Na semana passada, Paim disse que as duas reivindicações eram mais importantes que o valor de R$ 545 --numa sinalização de que apoiaria a proposta do governo. Paim ouviu da presidente o pedido para que vote no valor proposto pelo governo. Ao considerar o voto do senador "importante e simbólico", Dilma defendeu unidade de seu partido no Senado. UNIÃO Depois que o PMDB deu 100% de apoio na Câmara ao piso de R$ 545, a presidente quer evitar que o PT tenha dissidências durante a votação no Senado. Paim era o único petista que ameaçava apoiar o valor de R$ 560 proposto pelas centrais sindicais. Ele prometeu fazer pronunciamento no plenário do Senado, no início desta tarde, para anunciar o seu voto. Mas disse não esperar retaliações dos sindicalistas se recuar dos R$ 560. "Eu só espero como sempre foi, num alto nível. O meu voto é um voto que eles têm plena confiança e respeitarão", afirmou. Na semana passada, o deputado Vicentinho (PT-SP), relator do projeto do Executivo do salário mínimo, recebeu vaias na Câmara depois de votar pelos R$ 545. Os sindicalistas, porém, liberaram ontem Paim para votar de "acordo com a sua consciência" --mesmo que ele se decida pelo valor do Executivo.